quarta-feira, 11 de agosto de 2010

se ainda... se continuas...


Hoje escrevo a pensar em ti. Como é um sentimento tão sincero, tão profundo e tão íntimo, este é um texto que dedico única e exclusivamente a ti. Publico-o aqui porque esta é a minha casa. É a minha casa toda em vidro.

Hoje é o teu dia. Não sei como estás. Se estás bem. Se estás feliz. Se tens ido à praia. Se tens devorado muitos gelados. Se o teu cabelo já está enorme ou se ainda continuas a usá-lo sempre apanhado. Se já compraste as últimas Fly que devem ser um verdadeiro conforto para os teus pés que já sofreram tanto. Se já reservaste bilhetes para o próximo espectáculo do Tochas que estreia agora em Outubro na Trindade. Se sabes de algum álbum novo do Seal que esteja para sair e que eu ainda não saiba. Se continuas a comer sardinhas ao fim-de-semana rodeada pelos muitos animais que adoras. Se continuas uma pro a jogar Buzz sem deixar ninguém ganhar. Se ainda és a última a ir dormir, quando todos já vão no quinto sono. Se ainda estás à espera da próxima temporada da Operação Triunfo para ficares acordada até às quinhentas e a comer pipocas. Se ainda adoras iogurtes. Se ainda tens os teus rituais de beleza que quase sempre te atrasavam. Se continuas a lavar à mão as tuas blusas preferidas que compraste nas oportunidades do El Corte Inglés. Se continuas a achar que a minha pele é óptima, sem imperfeições e, como tal, basta-me usar um creme para peles normais. Se já mostras os dentes nas fotografias, agora que já devem estar sem ferrinhos. Se continuas a devorar fruta. Se continuas a ter ataques de riso à noite, quando no dia seguinte espera-te uma festa familiar. Se continuas a ter aquele sorriso rasgado. Se os teus olhos ainda brilham.

Sinto falta disto e muito mais. Sinto falta de saber de ti e de te contar sobre mim. Tenho tantas coisas para te contar… Fazes parte do meu coração e, hoje, quando penso em ti, ardem-me as pálpebras. Não consigo sorrir quando penso em ti, apesar de te adorar para todo o sempre e o nosso caminho ter sido sublinhado por constantes alegrias. Não consigo sorrir porque não me consigo lembrar da última vez que te vi. Não consigo sorrir porque não te pude abraçar com força no momento em que a Terra mudou o eixo de rotação.

Mas hoje é o teu dia e eu continuo a desejar-te, minha querida, o melhor do Mundo… para nós, o melhorzixo do mundixo.

1 comentário:

Pedro disse...

Há sentimentos que transparecem em toda a sua plenitude nas palavras. O texto está genial. Reflecte a pessoa.

P.